Ame e seja amado... poeticamente!

"Eu vou olhar para aqueles olhos e sentir um velho formigamento nas costas, como cenas de um verão adolescente"

Bom dia a você, poeticamente!

Que tal levantar dessa cama, assim como eu, e olhar para o dia lá fora? Sim, pode ser contra a vontade, pode ser se lamentando um pouco. Se você for do tipo Alla'n Camargo não tem problema, carregue o cobertor para o banheiro e fique uma hora olhando para o espelho, vendo que mesmo bagunçado seu cabelo ainda pode ficar estiloso. Depois pense de novo: "é loucura acordar às nove da manhã no fim de semana". Mas pode confiar, no final você vai conseguir acordar.

Então, faça como um jovem rapaz confiante, mas temeroso. Pisando com força como se estivesse sobre uma rocha, mas ainda assim temeroso, com medo de apenas ser uma nuvem e você ser lançado ao nada. Sim, precisamos da adrenalina, do desafio invadindo as veias, precisamos do confronto entre o sim e o não. A certeza pode ser como águas que tocam nosso corpo num verão intenso, mas a perda é tão válida quanto uma biblioteca de livros para o estudante que acabou de ser reprovado numa prova importante. Não se sinta sempre seguro, pois o verão intenso num dado momento cessa dando lugar ao inverno repentino, mas não desista do pensamento "eu acredito", pois uma prova nunca é o fim, apenas é a alavanca que faz o aluno alcançar o primeiro lugar no próximo desafio. Qualquer um já ouviu a história de uma criança que derrotou o gigante apenas com uma mísera pedra; ele não precisou de uma chuva de meteoros, apenas se agarrou à sua própria humanidade e no momento oportuno desafiou a si mesmo, onde deveria provar que acredita ou não.

Sim, poeticamente, as histórias do coração são assim.

Autor de Poeticamente

Agora, olhe-se no espelho, e enxergue tudo de especial que há aí, nos detalhes que tristezas e decepções o impediram de enxergar até agora. Está pensando no que vem a seguir, não é? Ainda posso ser, ainda posso viver, ainda posso ter o que quero.

Uma garota viu, depois de alguns anos, o mesmo garoto, o mesmo sentimento, o mesmo nervosismo, a mesma sensação idiota do que "ele provoca em mim por nada". Foi tão bom lembrar instantaneamente das conversas, dos risos, do modo como ele a invadia com os olhos, algo que qualquer outro rapaz conseguira como aqueles olhos, demonstrando que iria decifrar qualquer pensamento nela, sem pedir permissão, sem pedir licença, simplesmente porque ele queria, simplesmente porque ele se importava. Qualquer palavra daqueles lábios a fazia se sentir tão especial quanto ele sempre fora para qualquer um. E ela pensava dele, tão único, tão empolgante, tão vivo, tão intenso, eu daria tudo para cruzar os passos daquele rapaz que um dia seria um homem incrível, o homem que eu estava aceitando não ter. Por quê? Por que, afinal, eu era tão idiota? Mas hoje vou fazer diferente. Ele se lembra de mim? Quem sabe. Eu vou olhar para aqueles olhos e sentir um velho formigamento nas costas, como cenas de um verão adolescente. Um verão passado. Um calor passado. Aqui novamente, sempre onde quer que aquele rapaz esteja.

E o que vai acontecer, galera?

Quem sabe, né?

Poeticamente... saberão uma hora dessas.

Alla'n Camargo